terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Uma Aventura na Alegre Casinha - 2009


Estamos a chegar ao fim de 2009. E que ano este…
2009 vai ser um daqueles anos que ficam na memória e servem de referência para nos situarmos no tempo que já lá vai, como por exemplo o longínquo ano de 1985, ano em que entrei para a escola. Eu e a minha lancheira cor-de-rosa. Ou o de 1987, ano em que apanhei piolhos na escola porque quando tirámos a fotografia de turma (e uma foto a solo com um cenário tipo Heidi atrás) a assistente do fotógrafo penteou todos os miúdos com o mesmo pente. Todos os que estavam na fila atrás da Marília não se safaram. Eu estava mesmo atrás da Marília.
Há também o tempo “antes-do-ISCTE” (1998) e o tempo “depois-do-ISCTE”. E o tempo “antes-do-Alentejo”(2001) e o “depois-do-Alentejo”. E a lista poderia continuar por aí fora.
Portanto, imagino que em algumas conversas caseiras vá acontecer qualquer coisa como:
“- Olha lá, não-sei-o-quê foi há quanto tempo? 15 anos? Foi antes ou depois de comprarmos a casa?
- Foi depois. Então, em 2009 comprámos a casa e foi nesse ano que
…”

É claro nem tudo foi fácil neste ano. Nã,nã… Barafustei muito. Disse que fazia e acontecia. Rabujei e preocupei-me como nunca. Enganei-me. Enganaram-me. Senti-me desgastada. Estive ausente. Fiz quilómetros demais, num ir e vir sem vontade. Perdi, para sempre, o meu avô.
Mas, ainda assim, 2009 foi um ano bom... Foi um ano de muito trabalho. Trabalho duro, daquele que faz troça de quem passa o dia atrás de uma secretária. Foi um ano em que atalhámos por outras artes e outros ofícios. Descobrimos novas formas de viver, de pensar, de habitar. Encontrámos memórias de outros tempos. Conhecemos pessoas com histórias na ponta da língua.
Vimos, numa oportunidade ímpar, de e como é feita a nossa casa. O que está por detrás. Estive com os meus pais mais vezes do que nos últimos 7 anos. Nasceu a Dixie. Tenho o coração feliz.
2009 foi um ano bom. 2010 ainda vai ser melhor.

Uma Aventura na Alegre Casinha - 2009


Estamos a chegar ao fim de 2009. E que ano este…
2009 vai ser um daqueles anos que ficam na memória e servem de referência para nos situarmos no tempo que já lá vai, como por exemplo o longínquo ano de 1985, ano em que entrei para a escola. Eu e a minha lancheira cor-de-rosa. Ou o de 1987, ano em que apanhei piolhos na escola porque quando tirámos a fotografia de turma (e uma foto a solo com um cenário tipo Heidi atrás) a assistente do fotógrafo penteou todos os miúdos com o mesmo pente. Todos os que estavam na fila atrás da Marília não se safaram. Eu estava mesmo atrás da Marília.
Há também o tempo “antes-do-ISCTE” (1998) e o tempo “depois-do-ISCTE”. E o tempo “antes-do-Alentejo”(2001) e o “depois-do-Alentejo”. E a lista poderia continuar por aí fora.
Portanto, imagino que em algumas conversas caseiras vá acontecer qualquer coisa como:
“- Olha lá, não-sei-o-quê foi há quanto tempo? 15 anos? Foi antes ou depois de comprarmos a casa?
- Foi depois. Então, em 2009 comprámos a casa e foi nesse ano que
…”

É claro nem tudo foi fácil neste ano. Nã,nã… Barafustei muito. Disse que fazia e acontecia. Rabujei e preocupei-me como nunca. Enganei-me. Enganaram-me. Senti-me desgastada. Estive ausente. Fiz quilómetros demais, num ir e vir sem vontade. Perdi, para sempre, o meu avô.
Mas, ainda assim, 2009 foi um ano bom... Foi um ano de muito trabalho. Trabalho duro, daquele que faz troça de quem passa o dia atrás de uma secretária. Foi um ano em que atalhámos por outras artes e outros ofícios. Descobrimos novas formas de viver, de pensar, de habitar. Encontrámos memórias de outros tempos. Conhecemos pessoas com histórias na ponta da língua.
Vimos, numa oportunidade ímpar, de e como é feita a nossa casa. O que está por detrás. Estive com os meus pais mais vezes do que nos últimos 7 anos. Nasceu a Dixie. Tenho o coração feliz.
2009 foi um ano bom. 2010 ainda vai ser melhor.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Tijoleira

Já começou o trabalho de assentamento da tijoleira para o piso inferior da casa. Comprámos uma tijoleira vermelha 30*30 impermeabilizada com óleo repelente, acabamento mate. A impermeabilização é muito importante porque se cair algum líquido no chão este não é absorvido e não mancha a tijoleira. Imaginem o chão de uma cozinha sem este tratamento…Em 3 tempos estava todo manchado.
As juntas vão ser betumadas com uma argamassa própria, cor cinza. A aplicação é simples. Primeiro enchemos as juntas com argamassa de cimento e areia fina (1:2) e com a ajuda de uma espátula e uma trincha passámos o betume cinza. No fim limpa-se tudo com a ajuda de uma saca plástica daquelas vermelhas das batatas/cebolas para empurrar a argamassa para dentro das juntas. Depois passa-se a esfregona e já está.
Até agora está a correr bem e foram necessários menos cortes do que os previstos. Temos ainda de comprar uns “focinhos” – é mesmo o nome da peça! – para revestir o pequeno degrau que existe entre a cozinha e a sala.

Tijoleira

Já começou o trabalho de assentamento da tijoleira para o piso inferior da casa. Comprámos uma tijoleira vermelha 30*30 impermeabilizada com óleo repelente, acabamento mate. A impermeabilização é muito importante porque se cair algum líquido no chão este não é absorvido e não mancha a tijoleira. Imaginem o chão de uma cozinha sem este tratamento…Em 3 tempos estava todo manchado.
As juntas vão ser betumadas com uma argamassa própria, cor cinza. A aplicação é simples. Primeiro enchemos as juntas com argamassa de cimento e areia fina (1:2) e com a ajuda de uma espátula e uma trincha passámos o betume cinza. No fim limpa-se tudo com a ajuda de uma saca plástica daquelas vermelhas das batatas/cebolas para empurrar a argamassa para dentro das juntas. Depois passa-se a esfregona e já está.
Até agora está a correr bem e foram necessários menos cortes do que os previstos. Temos ainda de comprar uns “focinhos” – é mesmo o nome da peça! – para revestir o pequeno degrau que existe entre a cozinha e a sala.

Telheirinho de Natal

Neste fim-de-semana natalício também andámos a trabalhar na AC. O Inverno anda por aí e temos que dar corda aos sapatinhos para ter a casa fechada. Um dos requisitos para colocar a porta principal era ter o telheiro pronto. Mesmo com um vento gelado sempre a soprar a tarefa foi cumprida: já temos telheiro!
O Sr. AC passou o domingo empoleirado na estrutura de madeira que já tínhamos construído no outro fim-de-semana. Esteve a pregar as ripas de madeira que sustentam as telhas. Depois passámos à fase de telhar e aí a coisa deu mais trabalho já que ninguém ali alguma vez tinha telhado o que quer que fosse. O quebra-cabeças estava nas bonitas telhas de canudo que (re)aproveitámos do telhado antigo. Depois de vários ensaios e consultar casas da zona lá conseguimos telhar… o telheiro. Na fase seguinte encaixámos as telhas no roço aberto na casa para o efeito e chumbámos com massa.
O primeiro teste de resistência foi feito ontem graças ao temporal. E…passou com distinção!!

Telheirinho de Natal

Neste fim-de-semana natalício também andámos a trabalhar na AC. O Inverno anda por aí e temos que dar corda aos sapatinhos para ter a casa fechada. Um dos requisitos para colocar a porta principal era ter o telheiro pronto. Mesmo com um vento gelado sempre a soprar a tarefa foi cumprida: já temos telheiro!
O Sr. AC passou o domingo empoleirado na estrutura de madeira que já tínhamos construído no outro fim-de-semana. Esteve a pregar as ripas de madeira que sustentam as telhas. Depois passámos à fase de telhar e aí a coisa deu mais trabalho já que ninguém ali alguma vez tinha telhado o que quer que fosse. O quebra-cabeças estava nas bonitas telhas de canudo que (re)aproveitámos do telhado antigo. Depois de vários ensaios e consultar casas da zona lá conseguimos telhar… o telheiro. Na fase seguinte encaixámos as telhas no roço aberto na casa para o efeito e chumbámos com massa.
O primeiro teste de resistência foi feito ontem graças ao temporal. E…passou com distinção!!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Natal

Este blogue não seria blogue decente se não desejasse bom natal aos seus 3 leitores.
Diz que é cliché e é bem verdade mas o que desejamos a toda a gente é muita saúdinha e amor para aquecer o coração. O resto...é ir em frente! Está lá à vossa espera.

Natal

Este blogue não seria blogue decente se não desejasse bom natal aos seus 3 leitores.
Diz que é cliché e é bem verdade mas o que desejamos a toda a gente é muita saúdinha e amor para aquecer o coração. O resto...é ir em frente! Está lá à vossa espera.

Janelinha

Digam lá se não é uma janelinha mimosa??? Principalmente se compararmos o "antes" e o "depois".

Janelinha

Digam lá se não é uma janelinha mimosa??? Principalmente se compararmos o "antes" e o "depois".

Pai Natal

Este ano eu queria receber no sapatinho umas coisinhas..
Talvez isto
e isto

e isto também!
Vê lá tu que podes comprar tudo no mesmo sítio. Só precisas de gastar assim uns euros, coisa pouca. Vá..uns 6 mil euros.

Pai Natal

Este ano eu queria receber no sapatinho umas coisinhas..
Talvez isto
e isto

e isto também!
Vê lá tu que podes comprar tudo no mesmo sítio. Só precisas de gastar assim uns euros, coisa pouca. Vá..uns 6 mil euros.

Estilo Tarantino


No sábado de manhã esteve um moço lá em casa para rebaixar a soleira da entrada. Como temos um afloramento calcário na frente da casa e precisávamos de baixar a cota do terreno através de um pequeno canal para escoar a água da chuva, o moço sugeriu-nos que falássemos com um tal de Bijú (!!!) que tem uma maquineta chamada picapau e que em pouco tempo abria a caleira. O sr. AC teimou que não ia chamar Bijú nenhum e que ele próprio trataria do assunto. Pegou na rectificadora e no martelo eléctrico e lá passou a tarde a partir pedra. E se estava um frio daqueles!...Só descansou quando conseguiu terminar a tarefa. :)

Estilo Tarantino


No sábado de manhã esteve um moço lá em casa para rebaixar a soleira da entrada. Como temos um afloramento calcário na frente da casa e precisávamos de baixar a cota do terreno através de um pequeno canal para escoar a água da chuva, o moço sugeriu-nos que falássemos com um tal de Bijú (!!!) que tem uma maquineta chamada picapau e que em pouco tempo abria a caleira. O sr. AC teimou que não ia chamar Bijú nenhum e que ele próprio trataria do assunto. Pegou na rectificadora e no martelo eléctrico e lá passou a tarde a partir pedra. E se estava um frio daqueles!...Só descansou quando conseguiu terminar a tarefa. :)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

É da terra


Chega a 6ª feira e é garantido: vamos buscar o cabaz. E que cabaz? O cabaz de produtos cá da terra ora pois! Levamos a caixa de cartão reciclado vazia e saimos com fruta e legumes: cenouras, tomates, cebolas, feijão, alho francês, batatas, fruta da época...
Este projecto surge no âmbito de uma iniciativa comunitária em conjunto com várias entidades parceiras que se associaram a um grupo de pequenos produtores. Ganham os produtores porque escoam os seus produtos e ganhamos nós em qualidade e sabor.

É da terra


Chega a 6ª feira e é garantido: vamos buscar o cabaz. E que cabaz? O cabaz de produtos cá da terra ora pois! Levamos a caixa de cartão reciclado vazia e saimos com fruta e legumes: cenouras, tomates, cebolas, feijão, alho francês, batatas, fruta da época...
Este projecto surge no âmbito de uma iniciativa comunitária em conjunto com várias entidades parceiras que se associaram a um grupo de pequenos produtores. Ganham os produtores porque escoam os seus produtos e ganhamos nós em qualidade e sabor.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Branco e Azul

Ontem chegaram os azulejos para a casa-de-banho mais o material para a sua aplicação. Depois de horas (pronto, foi uma hora…) a deambular pela loja de materiais e de estarmos quase a entrar em desespero porque nenhum de nós gosta de fazer compras e porque cada azulejo era mais feio/caro que o outro, engendrámos o seguinte plano:

- Porque a casa de banho é muito pequenina optamos por azulejos pequenos 10*10
- Porque a casa de banho é muito pequenina optamos por azulejos brancos para ter mais luminosidade
- Para não ficar com ar de arca frigorífica compramos argamassa para juntas cor azul
http://www.weber.com.pt/colagem-e-betumacao-de-ceramica/a-solucao-para-a-minha-obra/carta-de-cores-e-texturas/webercolor.html.

Agora se isto vai correr bem não sei…Mas nada como arriscar! Depois mostro umas fotos.

Branco e Azul

Ontem chegaram os azulejos para a casa-de-banho mais o material para a sua aplicação. Depois de horas (pronto, foi uma hora…) a deambular pela loja de materiais e de estarmos quase a entrar em desespero porque nenhum de nós gosta de fazer compras e porque cada azulejo era mais feio/caro que o outro, engendrámos o seguinte plano:

- Porque a casa de banho é muito pequenina optamos por azulejos pequenos 10*10
- Porque a casa de banho é muito pequenina optamos por azulejos brancos para ter mais luminosidade
- Para não ficar com ar de arca frigorífica compramos argamassa para juntas cor azul
http://www.weber.com.pt/colagem-e-betumacao-de-ceramica/a-solucao-para-a-minha-obra/carta-de-cores-e-texturas/webercolor.html.

Agora se isto vai correr bem não sei…Mas nada como arriscar! Depois mostro umas fotos.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Mais pinturinhas


Mais pinturinhas


Encher chouriços

Hoje estou com a imaginação em baixo...Por isso este post é sobre basicamente...nada! Vá, também não podia ser sobre nada ou apenas a minha (des)inspiração. Por isso, e atendendo à época natalícia, aqui fica uma foto do novo habitante lá de casa. Mora em cima da pedra da lareira, tem fita-cola como cenário e foi um recuerdo da minha mãe. Já morava eu sozinha há uns anos e a minha mãe ainda ia lá a casa sorrateiramente por um ou outro enfeite de Natal. Uma estrela no espelho da entrada, um pai natal pequenino em cima da mesa, uma velinha. Eu costumava reclamar que não ligava a essas coisas, que o Natal cada vez era mais consumismo que outra coisa, blá blá blá. Mas secretamente eu gostava tanto do gesto que muitas vezes os deixava ficar todo o ano lá por casa.
Um ano fez um presépio com umas figuras muito pequeninas, daquelas simples.
Maria, José, Jesus. Foi o presépio mais bonito que alguma vez vi. Porque aquelas 3 figuras não representavam uma época, uma religião, uma história. Era algo maior. Muito maior.

Encher chouriços

Hoje estou com a imaginação em baixo...Por isso este post é sobre basicamente...nada! Vá, também não podia ser sobre nada ou apenas a minha (des)inspiração. Por isso, e atendendo à época natalícia, aqui fica uma foto do novo habitante lá de casa. Mora em cima da pedra da lareira, tem fita-cola como cenário e foi um recuerdo da minha mãe. Já morava eu sozinha há uns anos e a minha mãe ainda ia lá a casa sorrateiramente por um ou outro enfeite de Natal. Uma estrela no espelho da entrada, um pai natal pequenino em cima da mesa, uma velinha. Eu costumava reclamar que não ligava a essas coisas, que o Natal cada vez era mais consumismo que outra coisa, blá blá blá. Mas secretamente eu gostava tanto do gesto que muitas vezes os deixava ficar todo o ano lá por casa.
Um ano fez um presépio com umas figuras muito pequeninas, daquelas simples.
Maria, José, Jesus. Foi o presépio mais bonito que alguma vez vi. Porque aquelas 3 figuras não representavam uma época, uma religião, uma história. Era algo maior. Muito maior.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

spot the difference


Será que dá para perceber a diferença entre esta foto e uma das que publiquei ontem? A Alegre Casinha anda a alindar-se!..

spot the difference


Será que dá para perceber a diferença entre esta foto e uma das que publiquei ontem? A Alegre Casinha anda a alindar-se!..

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Telheirinho

Segunda-feira é sempre dia de revisão do fim-de-semana. Ora que o sábado e o domingo foram dedicados ao novo telheiro da Alegre Casinha. A zona para onde vamos morar é assim a modos que ventosa e quando o vento Sul resolve assobiar por aqueles lados não é para brincar. Se ao vento juntarmos chuva a coisa complica ainda mais. Foi a pensar nestas questões que optámos por construir um telheiro que nos servisse de abrigo e protegesse a casa. As operações foram comandadas pelo mestre carpinteiro. Depois de muita matemática definiu-se o tamanho do telheiro e as medidas exactas para as fundações. Abrimos uns buracos fundos e erguemos uns antigos postes dos telefones. Os postes de madeira das linhas telefónicas têm a particularidade de serem tratados e a impregnação da madeira com agentes preservadores faz com que adquira características de maior durabilidade e resistência a fungos e insectos, prolongando assim a vida funcional da estrutura. Depois de chumbar os postes fizemos uns furos na parede para no próximo fim-de-semana fixar metade de um poste que por sua vez vai suportar a estrutura onde vão repousar as telhas. No chão, já ao anoitecer, colocámos pedras e brita para nivelar a entrada. Ainda não enchemos no meio (onde está aquele estrado de madeira) por causa dos tubos para os cabos eléctricos. Quando houver tempo e dinheirinho pavimentamos o chão, ainda que não saibamos bem como...
Vejam na primeira foto o amor ao poste que o sr.AC tem! É que não o queria largar!!;)