segunda-feira, 31 de maio de 2010

Voltámos mas o carro ainda não

A primeira leva de férias já se foi. E começou de forma irreal.
Primeiro dia, muito calor, eu, o sr.AC e a Dixie no carro rumo ao Algarve via auto-estrada. Pelo caminho eu só dizia "ainda bem que este carro tem ar condicionado, dá mesmo jeito por causa da Dixie". Mas houve uma entidade celestial que não concordou comigo e vai daí rebentou-se a correia do alternador do carro. Salta um bocado de plástico e o carro começa a rugir. [Raios...Vê lá se o pneu está bom.] O sr. AC sai do carro e vê que estava tudo aparentemente bem. Menos o tal rugido. [Está tanto calor...Vou encostar debaixo do viaduto]. O senhor da assistência em viagem chega e confirma o diagnóstico que o sr.AC tinha feito segundos antes: a correia do altenador rebentou. Mas o tal rugido é que era estranho. [Chamem o reboque do seguro. Se for só a correia é rápido, meia hora. Mas esse barulho é estranho...] Quarenta minutos debaixo do viaduto com um calor atípico e aparece o reboque. [Não podem ir no vosso carro, têm de ir à frente. / Mas e a cadela? / Vem à frente também!]
E aí começa a odisseia. Lá vamos os três e a Dixie apertados no banco do reboque com o tal calor insuportável. Alguns km depois estamos numa oficina em Grândola.[Ligue lá o carro!] Nada a fazer, afinal o rugido indica que o carro padece de enfermidade mais grave. Ala para casa. Vá de saltar para a cabine do reboque, quente e suja, com o enorme vidro pintado de amarelo e vermelho dos milhares de mosquitos esborrachados. Lá vamos os três apertados, danados com a vida e o raio das férias que ainda não tinham sequer começado, rumo a casa numa viagem que pela auto-estrada durou 40 minutos mas que pela nacional - num reboque que não dava mais de 70 km/hora - durou mais de 2horas e 30m. Cheios de calor chegámos à oficina cá do sítio para ouvir a sentença: a correia do alternador partiu, enfiou-se pela correia de distribuição, "descomandou" 4 válvulas e...dá cá 500 euros. Dor.

Mas não nos demos por vencidos. No dia seguinte enfiámos as tralhas na carrinha do meu pai (mais conhecida por 'rissol' ou 'carapau', um dia explico porquê) e fomos para Sagres. Finalmente estávamos de férias!

Voltámos mas o carro ainda não

A primeira leva de férias já se foi. E começou de forma irreal.
Primeiro dia, muito calor, eu, o sr.AC e a Dixie no carro rumo ao Algarve via auto-estrada. Pelo caminho eu só dizia "ainda bem que este carro tem ar condicionado, dá mesmo jeito por causa da Dixie". Mas houve uma entidade celestial que não concordou comigo e vai daí rebentou-se a correia do alternador do carro. Salta um bocado de plástico e o carro começa a rugir. [Raios...Vê lá se o pneu está bom.] O sr. AC sai do carro e vê que estava tudo aparentemente bem. Menos o tal rugido. [Está tanto calor...Vou encostar debaixo do viaduto]. O senhor da assistência em viagem chega e confirma o diagnóstico que o sr.AC tinha feito segundos antes: a correia do altenador rebentou. Mas o tal rugido é que era estranho. [Chamem o reboque do seguro. Se for só a correia é rápido, meia hora. Mas esse barulho é estranho...] Quarenta minutos debaixo do viaduto com um calor atípico e aparece o reboque. [Não podem ir no vosso carro, têm de ir à frente. / Mas e a cadela? / Vem à frente também!]
E aí começa a odisseia. Lá vamos os três e a Dixie apertados no banco do reboque com o tal calor insuportável. Alguns km depois estamos numa oficina em Grândola.[Ligue lá o carro!] Nada a fazer, afinal o rugido indica que o carro padece de enfermidade mais grave. Ala para casa. Vá de saltar para a cabine do reboque, quente e suja, com o enorme vidro pintado de amarelo e vermelho dos milhares de mosquitos esborrachados. Lá vamos os três apertados, danados com a vida e o raio das férias que ainda não tinham sequer começado, rumo a casa numa viagem que pela auto-estrada durou 40 minutos mas que pela nacional - num reboque que não dava mais de 70 km/hora - durou mais de 2horas e 30m. Cheios de calor chegámos à oficina cá do sítio para ouvir a sentença: a correia do alternador partiu, enfiou-se pela correia de distribuição, "descomandou" 4 válvulas e...dá cá 500 euros. Dor.

Mas não nos demos por vencidos. No dia seguinte enfiámos as tralhas na carrinha do meu pai (mais conhecida por 'rissol' ou 'carapau', um dia explico porquê) e fomos para Sagres. Finalmente estávamos de férias!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

É que 'tá mesmo mesmo quase...

...e eu, hoje, só me estou a lembrar de assuntos da maior importância para abordar aqui.

O primeiro: O aniversário da J. que eu não sei se costuma vir aqui mas isso agora também não interessa. Pois que 31 já aí cantam. Espero que o teu dia tenha sido muito feliz, como mereces! Daqui a 15 dias já sabes, tens de me ajudar a carregar o computador e o monitor do 4º andar!
O segundo: eu nunca andei de barco. Quer dizer, já andei muitas vezes de cacilheiro. E uma vez fui para lá de longe numa gaivota em Albufeira, daquelas com escorrega e tudo. Ah, e quando era miúda andei nos barquinhos do Campo Grande. E já fiz a ligação Lisboa-Montijo e Lisboa-Troia. E já vi taínhas a bordo de um barco manhoso nas margens do Porto. :)
Ora perante tamanho, vergonhoso e inadmissível desconhecimento das águas portuguesas, o sr. AC fez-me uma surpresa e na segunda-feira lá vou fazer um passeio catita de barco, daqueles que têm fundo de vidro. Oxalá não me dê para enjoar... :)

Agora sim, vou de férias. Como dizia o Eng. Sousa Veloso: despeço-me com amizade, até ao próximo episódio (lá para dia 31)!

É que 'tá mesmo mesmo quase...

...e eu, hoje, só me estou a lembrar de assuntos da maior importância para abordar aqui.

O primeiro: O aniversário da J. que eu não sei se costuma vir aqui mas isso agora também não interessa. Pois que 31 já aí cantam. Espero que o teu dia tenha sido muito feliz, como mereces! Daqui a 15 dias já sabes, tens de me ajudar a carregar o computador e o monitor do 4º andar!
O segundo: eu nunca andei de barco. Quer dizer, já andei muitas vezes de cacilheiro. E uma vez fui para lá de longe numa gaivota em Albufeira, daquelas com escorrega e tudo. Ah, e quando era miúda andei nos barquinhos do Campo Grande. E já fiz a ligação Lisboa-Montijo e Lisboa-Troia. E já vi taínhas a bordo de um barco manhoso nas margens do Porto. :)
Ora perante tamanho, vergonhoso e inadmissível desconhecimento das águas portuguesas, o sr. AC fez-me uma surpresa e na segunda-feira lá vou fazer um passeio catita de barco, daqueles que têm fundo de vidro. Oxalá não me dê para enjoar... :)

Agora sim, vou de férias. Como dizia o Eng. Sousa Veloso: despeço-me com amizade, até ao próximo episódio (lá para dia 31)!

Ainda não fui de férias, mas 'tá quase!

...e ontem foi o dia da Espiga.
Da janela da outra casa, aquela onde sempre morei, pouca coisa verde se avistava. Apenas num pequenino quadrado de terra que envolvia um posto de transformação da EDP é que podiamos descansar os olhos em alguma coisa "viva": umas três laranjeiras bravas e outras tantas romanzeiras. Neste dia ninguém que ali morasse ia apanhar a espiga. Quando muito comprava a algum velhote encostado à soleira de um prédio ou junto à boca do metro.
Este ano fui com o sr. AC para os campos perto da nossa casa. Apanhámos um raminho de oliveira, papoilas, malmequeres brancos, malmequeres amarelos, espigas. No sítio onde se ata o cordel escondemos uma moeda. Guarda-se para no ano seguinte se aplicar o príncipio da renovação, da mudança, da primavera de todas as coisas. Tudo renasce.


Ainda não fui de férias, mas 'tá quase!

...e ontem foi o dia da Espiga.
Da janela da outra casa, aquela onde sempre morei, pouca coisa verde se avistava. Apenas num pequenino quadrado de terra que envolvia um posto de transformação da EDP é que podiamos descansar os olhos em alguma coisa "viva": umas três laranjeiras bravas e outras tantas romanzeiras. Neste dia ninguém que ali morasse ia apanhar a espiga. Quando muito comprava a algum velhote encostado à soleira de um prédio ou junto à boca do metro.
Este ano fui com o sr. AC para os campos perto da nossa casa. Apanhámos um raminho de oliveira, papoilas, malmequeres brancos, malmequeres amarelos, espigas. No sítio onde se ata o cordel escondemos uma moeda. Guarda-se para no ano seguinte se aplicar o príncipio da renovação, da mudança, da primavera de todas as coisas. Tudo renasce.


quarta-feira, 12 de maio de 2010

Quem é que está quase de férias? Quem é?

A partir de sexta-feira aqui a loja vai ficar de molho durante uns tempinhos. Qualquer coisa...qualquer coisa dêm um saltinho até Sagres! Eu serei a moça mais branca que encontrarem, tipo lula a secar ao sol.
PS- A foto é da praia da Arrifana (2008)onde eu, espremida num fato 10 números abaixo do meu e com uma prancha tipo barrote do Moisés, me aventurei no surf e na arte de levar com a rebentação das ondas em cheio na tola. Ahhhhhh, saudades....

Quem é que está quase de férias? Quem é?

A partir de sexta-feira aqui a loja vai ficar de molho durante uns tempinhos. Qualquer coisa...qualquer coisa dêm um saltinho até Sagres! Eu serei a moça mais branca que encontrarem, tipo lula a secar ao sol.
PS- A foto é da praia da Arrifana (2008)onde eu, espremida num fato 10 números abaixo do meu e com uma prancha tipo barrote do Moisés, me aventurei no surf e na arte de levar com a rebentação das ondas em cheio na tola. Ahhhhhh, saudades....

terça-feira, 11 de maio de 2010

Pseudo-rústico: candeeiros e pão com ameixa




O tecto da casa de banho não ficou como estava previsto e por isso não estávamos satisfeitos. Estava assim com um ar inacabado e pouco cuidado. Feito à pressão. Como não podia ficar assim foi necessário arranjar uma solução. O sr. AC meteu mãos à obra e criou um tecto todo catita que combina muito bem com o resto da casa. O candeeiro é daqueles para exteriores (cortesia do IKEA mediante pagamento, claro está) e que dá um ar...um ar mais...rústico. Ora por falar em rústico...Que raio de anúncio manhoso é aquele do Pingo Doce sobre pseudo-bolas-rústicas com ameixas e sei mais lá o quê? Será que é só a mim que o senhor parece um pouco creepy?

Pseudo-rústico: candeeiros e pão com ameixa




O tecto da casa de banho não ficou como estava previsto e por isso não estávamos satisfeitos. Estava assim com um ar inacabado e pouco cuidado. Feito à pressão. Como não podia ficar assim foi necessário arranjar uma solução. O sr. AC meteu mãos à obra e criou um tecto todo catita que combina muito bem com o resto da casa. O candeeiro é daqueles para exteriores (cortesia do IKEA mediante pagamento, claro está) e que dá um ar...um ar mais...rústico. Ora por falar em rústico...Que raio de anúncio manhoso é aquele do Pingo Doce sobre pseudo-bolas-rústicas com ameixas e sei mais lá o quê? Será que é só a mim que o senhor parece um pouco creepy?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Indo eu, indo eu, a caminho de...

...terras de além tejo! O dia foi de folga para ir visitar a avó D. em dia de aniversário. O S. Pedro deu uma ajuda e a manhã de Primavera esteve como se quer: muito luminosa e amena.

Antes do almoço fizemos um desvio para uma aldeia abandonada, esquecida no meio do montado. O campo estava bem bonito, salpicado de branco, amarelo e vermelho.

Almoço no sítio errado (como é possível numa terra tão pequena existirem 2 resturantes como o mesmo nome, ainda por cima associados a um determinado sítio??) e inversão de marcha para o destino inicial. Torta de chocolate, sumo e leite creme. Beijinhos e conversas. Máquina de costura avariada, o número de telefone escrito em letras garrafais. As coisas do meu avô que me deixaram com o coração apertado. A boina, o casaco, o cantinho preferido. Tens razão: se a nossa terra é onde deixamos saudades, então também sou dali.

Indo eu, indo eu, a caminho de...

...terras de além tejo! O dia foi de folga para ir visitar a avó D. em dia de aniversário. O S. Pedro deu uma ajuda e a manhã de Primavera esteve como se quer: muito luminosa e amena.

Antes do almoço fizemos um desvio para uma aldeia abandonada, esquecida no meio do montado. O campo estava bem bonito, salpicado de branco, amarelo e vermelho.

Almoço no sítio errado (como é possível numa terra tão pequena existirem 2 resturantes como o mesmo nome, ainda por cima associados a um determinado sítio??) e inversão de marcha para o destino inicial. Torta de chocolate, sumo e leite creme. Beijinhos e conversas. Máquina de costura avariada, o número de telefone escrito em letras garrafais. As coisas do meu avô que me deixaram com o coração apertado. A boina, o casaco, o cantinho preferido. Tens razão: se a nossa terra é onde deixamos saudades, então também sou dali.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Cupcakes e fixadores de tapetes



Foto: © Anastassios Mentis

Ontem foi dia de ir à santa terrinha fazer compras. Nos entretantos experimentámos os cupcakes da nova pastelaria que tem um ar Maria Antonieta meets rock n'roll. Pois que são bons, bem bons. Mas também são caros, bem caros. E a verdade é que por terras lusas se faz muita e boa pastelaria que fica à frente dos fancy cupcakes, como por exemplo os pastéis de belém ou os mil folhas. Claro que o café da praxe acompanhado de um queque com um icing catita ganha outra graça. A repetir (assim uma vez por ano).

De volta a casa fomos tratar do tapete das escadas que não havia forma de ficar no sítio, sempre a enrolar-se nos nossos pés. Ainda procurámos aquelas peças para prender o tapete às escadas mas para além de feias eram caras (15 euros por degrau). O sr. da loja foi bastante simpático e sugeriu-nos uma alternativa: comprar uns camarões pequeninos e umas varas de madeira (o sr. AC lembrou-se que as canas de bambu também podiam ser uma boa opção) e fixá-las nos degraus. Assim fizemos e pelo preço de um fixador de compra resolvemos o problema dos 15 degraus da nossa escada.

Cupcakes e fixadores de tapetes



Foto: © Anastassios Mentis

Ontem foi dia de ir à santa terrinha fazer compras. Nos entretantos experimentámos os cupcakes da nova pastelaria que tem um ar Maria Antonieta meets rock n'roll. Pois que são bons, bem bons. Mas também são caros, bem caros. E a verdade é que por terras lusas se faz muita e boa pastelaria que fica à frente dos fancy cupcakes, como por exemplo os pastéis de belém ou os mil folhas. Claro que o café da praxe acompanhado de um queque com um icing catita ganha outra graça. A repetir (assim uma vez por ano).

De volta a casa fomos tratar do tapete das escadas que não havia forma de ficar no sítio, sempre a enrolar-se nos nossos pés. Ainda procurámos aquelas peças para prender o tapete às escadas mas para além de feias eram caras (15 euros por degrau). O sr. da loja foi bastante simpático e sugeriu-nos uma alternativa: comprar uns camarões pequeninos e umas varas de madeira (o sr. AC lembrou-se que as canas de bambu também podiam ser uma boa opção) e fixá-las nos degraus. Assim fizemos e pelo preço de um fixador de compra resolvemos o problema dos 15 degraus da nossa escada.

segunda-feira, 3 de maio de 2010