quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A menina dança?


Quando comecei a trabalhar fui parar a Montemor-o-Novo. Aos fins de semana vinha a casa mas a semana era passada na vila, numa casa pequenina. Estive lá dois anos e não fiz grandes amizades porque simplesmente não conhecia ninguém e sou acanhada demais para começar a falar com quem não conheço. Tinha poucas colegas e eram quase todas casadas e com filhos. Eu tinha 23 anos e não pensava em nada disso. Sem grande coisa para fazer depois do trabalho, e antes que me tornasse num bicho, inscrevi-me em aulas de dança contemporânea para adultos no Espaço do Tempo, um centro multidisciplinar que funciona no Convento da Saudação, um antigo convento do séc. XVI. Frequentei as aulas durante 2 anos e adorei. Não que tivesse jeito para dançar (já aqui falei na minha falta de coordenação motora e na incapacidade de fazer movimentos que comecem pelo lado direito) mas porque me fazia sentir bem. Acontece o mesmo com o zumba: estou-me a borrifar se danço mal, se as músicas são pirosonas, eu quero é divertir-me e libertar o meu corpo depois de horas alapada a uma secretária. Voltando à dança contemporânea, foi com a professora Pia Kramer que ouvi pela primeira vez Wim Mertens, um compositor, contratenor, vocalista, pianista, guitarrista e musicólogo belga com mais de 50 álbuns editados. Tem pelo menos uma música conhecida que passava no genérico do programa da Ana Sousa Dias, na RTP2. Provavelmente não se gosta à primeira nem à segunda. Talvez nunca se venha a gostar. Aliás, quando mostrei a alguns amigos não obtive grande receptividade, nem todos gostam de piano e muito menos de um senhor esquisito (tem capas de álbuns temíveis) a cantar numa língua inventada. Eu continuo a gostar muito e adorei vê-lo no Teatro S. Luiz e no CCB. Outros tempos, boas recordações.



Difícil resistir

Dois dentes, terceiro à espreita. Duas bochechas rosadas que levam centenas de beijos todos os dias até ao momento em que ela já souber falar e me perguntar porque é que não a largo da mão. Nos entretantos, beijos e cheiradelas no pescoço gordinho serão o prato do dia.

Já se nota



A caminho de casa passo a virada para a nossa rua e conduzo mais um quilómetro sem me cruzar com outros carros. No banco de trás a Maria dorme descansada. Encosto na estrada de terra batida, saio do carro e acompanho o sol a esconder-se. Os dias maiores fazem-me muito mais feliz.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Better after

Ideias giras para tranformar monos em móveis giros aqui http://betterafter.blogspot.com/
Eu não me importava de ficar com um destes. No primeiro ainda lhe pintava o tampo.



M A

Não sei se já falei aqui desta peça de cortiça com mais de 60 anos. Era o tapete - tipicamente alentejano - do quarto da minha mãe, feito a pedido do meu avô. As iniciais e as flores eram pintadas mas o tempo apagou a cor. Não é fofinho como um tapete comum mas é macio e nunca está frio. Hoje mora lá em casa.

as traduções brasileiras

Não sei se já toda a gente sabia mas descobri que a série "Beverly Hills -90210" foi traduzida no Brasil para "Barrados no baile". Muito bom (ou então eu é que já acho graça a tudo).

imagem daqui

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Gatos


Não sendo eu uma grande admiradora de gatos, achei particular graça à maneira subtil como este bichano disfarçou .

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Zumba


O zumba é uma espéce de dança com fitness, com músicas variadas que passam pelo hip hop, salsa, lambada, mambo, kizomba, e tudo o que possam imaginar em versão pirosa e com muito ritmo. Eu adoro as aulas porque são, basicamente, muito divertidas. Não se compara ao suplício de uma passadeira ou de uma bicicleta estática a ver o CSI Brandoa. Se pudesse ia todos os dias dançar mas por agora vou 1 ou 2 vezes por semana e já vou com muita sorte (este mês só fui uma vez...).
Se quisessem encontrar a sra. AC numa aula seria muito fácil. Faço a mesma figura que as meninas do vídeo*... que estão lá atrás. Mas divirto-me muito e isso é que interessa.


*as aulas a que vou são muito mais divertidas que estas do vídeo e a turma tem gente de todas as idades, incluindo um senhor com mais de 90 anos que aparentemente só consegue mexer os dedos das mãos, levantar o calcanhar e abanar a placa. O professor é brasileiro e parece que está a levar choques eléctricos. Muito bom.

ui

Querem ver que o sr. AC perde o feriado no aniversário?

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Quando o House era o Prince George

O que eu gostava do Blackadder.

Cerejas em Janeiro


Presente do sr.AC.

Já pesa

Hoje, entre conversa, perguntaram-me a idade. Disse 33. Depois soou-me estranho. Corrigi: 32. Depois voltei a dizer 33. Fiquei atrapalhada e durante 15 segundos fiquei na dúvida sobre a minha própria idade. E balbuciei 32, primeiro a medo, depois com mais firmeza. Para que não restem dúvidas nasci nesse lindo outono de 1979 e tenho efectivamente 32 anos mas às vezes pareço ter 82.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Confissões musicais

Guardo, algures nesta caixa de Pandora que é o meu cérebro, trezentas e vinte cinco mil letras de músicas. Mais coisa menos coisa. O problema é que muitas delas são músicas insuportáveis. Um exemplo terrível: um belo dia, depois da Maria nascer, eu (ou talvez o sr. AC?) disse que a barriga da Maria (depois de comer) parecia um tambor. Foi o suficiente para a minha memória ir a correr ao cantinho mais recôndito do meu ser e regastar esse grande hit da música brasileira" Bate forte o tambor, eu quero é tiqui-tiqui-tá/ é nessa dança que o meu ???? balança e o ???' vem para dançar". É vergonhoso mas tenho de admitir que andei com a música a martelar na cabeça pelo menos 4 meses. Qualquer coisa e lá tinha eu o tiqui-tiqui-tá na ponta da língua. O ano passado também andei largos meses a cantar A Namorada que Sonhei (Nilton César) culpa de um colega que resolveu transformar esta música em toque de telemóvel. Ultimamente ( e parece que isto acontece-me mais com músicas brasileiras) ando a moer uma das músicas da aula de Zumba (depois explico o que é isso do Zumba) e que não podia ser pior. Reza assim: "Txuxuca, vem aqui no seu tigrão, ????? no popozão". Só vos digo que cansa. Cansa-me porque não consigo deixar de cantar (será um distúrbio obsessivo-compulsivo?) e cansa os outros que têm de me ouvir sem parar, em modo repeat, partes de músicas manhosas.