segunda-feira, 23 de abril de 2012

É melhor não falar aqui das nossas caminhadas e passeios

"Com o mote "A natureza é de todos", na próxima quarta-feira, 25 de Abril, haverá manifestações pela liberdade de usufruir dos parques do Estado, onde voltaram a ser exigidos 152 euros para caminhadas.
A mensagem corre há algum tempo pelo Facebook. No próximo dia 25 de Abril, às habituais marchas de cravo na lapela que em Lisboa e Porto recordarão a liberdade alcançada nesse dia em 1974 somam-se, este ano, duas outras marchas. Pela liberdade de usufruírem dos parques naturais geridos pelo Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), grupos de pedestrianistas e montanhistas vão juntar-se nas áreas protegidas da Peneda-Gerês e da serra de Aires e Candeeiros. Em causa volta a estar contestação à exigência do pagamento de uma taxa de 152 euros a quem pretenda organizar caminhadas nos parques naturais do Estado.
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Quando recebeu, em Fevereiro, um email do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), cujo assunto era "denúncia de actividades ilegais", Carlos Garcia nem queria acreditar. No ofício, o ICNB escreve que "após consulta do blogue" que Carlos Garcia mantém na Internet, constatou que "nos últimos anos" o técnico informático fez canoagem e passeios pedestres no Parque Natural da Arrábida sem a autorização prévia exigida pelo plano de ordenamento. O problema é que para pedir a autorização tem de pagar 150 euros, embora a portaria que regula as taxas cobradas pelo ICNB isente do pagamento o "acesso e visita" às áreas protegidas.
"É ridículo", critica Carlos Garcia, que costuma passear na serra com amigos. "Não cobro pelos passeios, conheço bem a Arrábida e tenho os maiores cuidados. É absurdo ter de pagar para caminhar", sublinha.
José Silva, do Clube Natura - grupo de amigos que organiza caminhadas gratuitas "por carolice" -, teve mesmo de acabar com os passeios na serra de Sintra. Em Outubro, a ASAE enviou-lhe um ofício acusando-o de "concorrência desleal" e "aquisição de verbas não declaradas". O ICNB alertou-o também para a necessidade de pedir autorização. Na origem das intimações estiveram denúncias de terceiros."

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